top of page
Buscar
  • Foto do escritorAlessandro Celante

Blog um exercício textual.

Quando me propus a criar esse pequeno espaço pré configurado para disponibilizar parte do meu trabalho em fotografia, vi que havia uma sessão "blog", soube de início que seria um grande exercício e um enorme desafio. Eu poderia falar, ou melhor, escrever sobre meus trabalhos e nesse sentido fazer uma autocrítica do que produzo e me testar enquanto interlocutor. Mas nunca imaginei que um dia eu teria coragem de postar minha despretensiosa produção textual. Deixemos um pouco as imagens de lado. Esse “post “refere-se apenas e tão somente aos meus escritos. Não sou pretensioso em achar que sou um poeta, mas tenho que ser corajoso em poder compartilha-los. Bem ou mal, esse textos só existirão de fato ao serem lidos. Então, fui a minha caixinha de Pandora e escolhi quatro! Não espero que gostem, aliás eu não espero nada!!!

texto_01: Marina

Pobre Marina

Vultosa importância

Acalentas distâncias

Sustentas o lar

Suave Marina

Chegada e partida

Em brisa respiras

O canto do mar.

Ave Marina

Portuas crendices

Dispensas tolices

Recantas a fé.

Reage Marina

Atraca à vida

Desfaze medidas

Culmina mulher.

Texto_02: O começo do fim é fim do começo

O começo da pipoca é o salto

O fim do salto é o chão

O começo da queda é o alto

O fim do alto é anão

O começo do namoro é o fim da amizade

O fim da razão é o começo do padre

O fim da memória é esquecer

O começo da glória é morrer

O fim do saber é não crer

O começo da morte é viver

O fim da causa é o começo do efeito

O fim da alma é o começo do leito

O começo do fim é o fim do começo

O meio do texto é papel

O meio do dedo é anel

O meio do nada é nada

O meio de tudo é cada

texto_03: Beatriz.

Ô Beatriz, o que foi que eu te fiz.

Para que me fizestes acordar assim

Não sei se parti ou se ali fiquei

Não sei se morri ou se morrerei

Ô Beatriz eu mal a conheço

Será que eu mereço.

Esse momento pra sempre

Essa angustia latente.

Ô Beatriz, qual seu interesse.

Que eu sobrevivesse.

Para rever meus valores.

E viver meus amores.

Ô Beatriz com que intenção

Segurastes minha mão.

Ao testar minha fé

Sobre o que é ou não é

Ô Beatriz com que direito

Causastes esse efeito

De escrever para ti

E contestar o que vivi.

Diz Beatriz,

Se é coincidência

Ou apenas destino

Se é penitência

Ou um desatino.

Se é puro acaso

Ou é força oculta

Se houve descaso

Pago essa multa.

Diz Beatriz

Quem é você

Eu só sei o seu nome

Quem é você

O que quer que eu tome

Quem é você

Qual a sua magia

Será por você

Que a morte se adia

Texto_04: Fênix

O poder a mim concedido

De ressurgir das cinzas

Só fez alimentar

O desejo de ser cinza.

Não peço para que me tinjas

Dê-me cores definitivas

Renuncio a eternidade da fênix

Por um momento como

O marido da cabeleireira

18 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page